Polícia conclui que padrasto matou Cauê Leônidas por asfixia durante festa em Paripueira (Foto: )

O caso Cauê Leônidas ganhou um novo desdobramento com a conclusão do inquérito conduzido pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHPP). A investigação apontou o padrasto de uma das adolescentes que organizavam a festa, identificada como Lauana, como autor do homicídio do jovem coroinha de 18 anos, encontrado morto em uma casa de veraneio em Paripueira, no Litoral Norte de Alagoas.

Segundo a Polícia Civil, o crime ocorreu durante a madrugada de 8 de dezembro de 2024, quando Cauê foi colocado em um quarto da casa, embriagado após participar de uma disputa de bebida. Testemunhas relataram que o suspeito — um homem de 33 anos, com histórico de uso de drogas e comportamento agressivo — demonstrou incômodo com a aproximação entre a vítima e sua enteada.

A delegada Taciana Tenório Ribeiro explicou que o autor, que já tinha passagens pela polícia por desobediência e tentativa de homicídio, matou Cauê por asfixia mecânica, através de esganadura, em um momento em que estava sozinho na residência. Ele foi preso em julho deste ano por outro crime e teve a prisão preventiva decretada também por este homicídio.

A perícia do Instituto de Criminalística confirmou que Cauê apresentava alto teor alcoólico, mas não havia indícios de uso de drogas. O exame médico-legal descartou a hipótese inicial de morte acidental, confirmando a asfixia por ação violenta.

A investigação analisou 76 depoimentos, 21 celulares e 23 laudos técnicos, consolidando o caso como um dos inquéritos mais complexos do ano.

Com a conclusão das apurações, o suspeito será indiciado por homicídio qualificado, e o caso segue para o Ministério Público de Alagoas.